O livro “Preciso saber se estou indo bem” apresenta os quatro tipos de feedback - positivo, corretivo, ofensivo e insignificante - e ensina quando usar os dois primeiros e como evitar os outros dois

Richard L. Williams, autor do livro “Preciso saber se estou indo bem – Uma história sobre a importância de dar e receber feedback” (Editora Sextante, R$ 24,90), defende que o feedback é um nutriente essencial para a vida. Não conseguimos ficar mais do que alguns minutos sem ar, alguns dias sem água e poucas semanas sem comida, três nutrientes fisiológicos importantíssimos para os seres humanos. “Mas a maioria das pessoas não se dá conta de que para um indivíduo mentalmente saudável o quarto nutriente fundamental é o feedback”, diz.
Segundo o autor, a qualidade de qualquer relação, seja profissional ou pessoal, depende da qualidade e da quantidade de feedback que cada pessoa recebe da outra. “Se o feedback for pobre, a relação será igualmente pobre. Se for crítico ou ofensivo, assim será a relação. Mas se for positivo, a relação também será positiva”, explica. E sonegar o feedback a alguém é uma espécie de castigo psicológico: o sofrimento gerado pela falta de feedback é maior do que o desconforto de receber um feedback negativo.
São quatro os tipos de feedback: positivo, corretivo, insignificante e ofensivo. E o tipo de feedback que escolhemos determina a resposta que obtemos.
Feedback positivo
O principal objetivo do feedback positivo é reforçar um comportamento que desejamos que se repita. Mas não basta elogiar utilizando frases como “Meus parabéns”, “muito bem” e “isso aí”. A fórmula do feedback positivo é composta por quatro passos:
- Descreva o comportamento específico;
- Descreva as consequências positivas do comportamento;
- Descreva como você se sente em relação ao comportamento;
- Descreva por que você se sente dessa forma;
Exemplo: “sei que você relutou em formatar meus relatórios da maneira que gosto. Mas estes últimos relatórios estão muito bons! Quando recorro a eles durante uma reunião, esta formatação facilita as coisas para mim. Quero que saiba que estou muito feliz pelo que você fez, pois acho que isso vai facilitar tanto o meu trabalho quanto o seu”.
Feedback corretivo
A meta aqui é modificar um comportamento. É o mais difícil de todos, pois muitas pessoas tentam corrigir por imposição ou persuasão e, se esses dois métodos falham, lançam mão da ameaça, que também não costuma ser eficaz. Confira os cinco passos para corrigir um comportamento:
- Tente dar feedback positivo antes de qualquer coisa;
- Faça perguntas cuidadosamente orientadas. O objetivo é conduzir o rumo da conversa e levar a pessoa a encontrar uma boa maneira de resolver seu próprio problema, sendo o responsável pela solução.
- Diga claramente qual a mudança necessária;
- Aplique a disciplina apropriada;
- Estabeleça um limite. Exemplo: “Estou num beco sem saída. Se você não corrigir o problema imediatamente, só restará uma opção”. E deixe-o refletir sobre qual seria tal opção.
Feedback insignificante
Trata-se de um feedback tão vago ou genérico que a pessoa que recebe não entende o seu propósito. Consequentemente, seu impacto faz jus ao nome.
Feedback ofensivo
Pode comprometer severamente as relações por desqualificar ou desvalorizar a pessoa e não é eficaz para promover a mudança.
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