terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

CULTURA OKR

Engajar pela visão e inspirar para ação: entenda como a Contabilizei tem implementado a cultura dos OKRs para ganhar eficiência e se aproximar a cada dia dos seus principais objetivos. 

Desde que a Contabilizei foi fundada, sempre buscamos grandes conquistas, mas apenas o desejo não faz com que as coisas aconteçam. Nós crescemos exponencialmente nos últimos 2 anos e, em 2017, queremos nos multiplicar por três. Diante disso, eu aprendi que definir objetivos é fácil, o que faz a diferença, mesmo, é a execução. Por isso é importante utilizar um processo de desenvolvimento de objetivos, estratégias e ações que de fato nos levem ao crescimento que buscamos. E, para nós, este crescimento representa não só um resultado para a companhia, como está diretamente ligado ao nosso propósito de proporcionar que milhares de micro e pequenos empresários tenham uma contabilidade eficiente e acessível.
Mas, como fazer com que um negócio atinja seu propósito? Como fazer com que empresas, de qualquer tamanho, definam seus objetivos de forma clara e tracem seu caminho de maneira estruturada? Minha intenção aqui é compartilhar o que fizemos — erros e acertos — para a Contabilizei chegar até aqui. E o que estamos fazendo para atingir nossos objetivos e que podem ser replicáveis na sua empresa.
Com esta intenção, vou escrever um artigo, dividido em três partes, contando o nosso processo de definição e engajamento do time ao nosso propósito:
Parte I – Como o Google nos ensinou a definir e alcançar objetivos
Parte II – Como colocar o time no mesmo barco
Parte III – Traduzindo a visão no dia a dia
Nesta primeira parte, vou contar como implantamos a metodologia que foi criada pela Intel e popularizada pelo Google pelas mãos do investidor John Doerr — o OKR — para definirmos e alcançarmos nossas metas.

Na prática: como definimos objetivos

O Google é uma empresa de classe mundial que atingiu patamares inimagináveis com a metodologia do OKR, que força a empresa a buscar respostas para perguntas como qual é o patamar impensável que podemos atingir? Como podemos chegar lá e como sabemos que chegamos?
A técnica usada por eles e amplamente conhecida é chamada de OKR (Objectives and Key Results). Em tradução direta, significa Objetivos e Resultados Chave e podem ser definidos como uma estrutura para definição de metas que promove o alinhamento e engajamento de toda empresa para alcançar objetivos de forma mensurável. Simples assim.
Aliás, vale lembrar que apesar do que muito se comenta por aí sobre a complexidade da metodologia, o OKR é verdadeiramente simples e serve para qualquer empresa, de todos os segmentos e portes. O Google, por exemplo, adotou esta estrutura em 1999 quando tinha poucos funcionários, e bem, ela os ajudou a chegar à posição que estão hoje. Não é preciso provar que funciona.
O OKR tem dois componentes: o objetivo em si, o que você quer alcançar, e aqui nós falamos de qualidade, motivação e aspiração. E o conjunto de resultados-chave, que vai dizer se você chegou lá — podemos dizer que é o critério de sucesso.
Para saber se você está definindo o OKR corretamente, descreva aonde você, sua empresa ou área deseja estar em 3 meses. Depois, responda à seguinte pergunta: “Como eu sei que chegamos lá?”
Possivelmente, a resposta virá com exemplos claros que caracterizam o que será feito para chegar ao objetivo.
Objetivo: Ter o produto [nome] validado no mercado
Resultados Chave:
KR1: Colocar versão beta com as funcionalidades X,Y e Z no ar até XX/XX
KR2: Atingir X% de conversão de usuários em assinaturas
KR3: Ter churn (saída de clientes) de, no máximo, 5% da base de clientes por mês
Além de serem simples, os OKRs têm a característica de serem curtos, traçados pensando no trimestre. Desta forma, é possível suportar grandes crescimentos e mudanças no mercado, porque, veja, é preciso implementar, aprender e corrigir rapidamente para colher os resultados das ações no futuro. No entanto, não é porque o OKR trabalha com curtos períodos que as ações não impactarão no futuro, pelo contrário. Nós olhamos onde queremos estar daqui a um, dois ou três anos, mas decompomos em trimestres como atingiremos nossos grandes objetivos.
MIRAR NO LONGO PRAZO MAS EXECUTAR NO CURTO PRAZO GARANTE QUE POSSAMOS AVALIAR SE ESTAMOS TOMANDO AS DECISÕES CORRETAS NO TRIMESTRE EM DIREÇÃO AO OBJETIVO DO ANO.
Se identificarmos que seja necessário qualquer correção de curso, teremos o próximo trimestre para promover mudanças.
Outro fator que torna a metodologia bem-sucedida é que os OKR’s não cascateiam. Eles são definidos de forma participativa, criando o engajamento do time aos objetivos da companhia. Desta forma, deixa de existir a figura do alto escalão que define 100% dos objetivos e metas. Em vez disso, cerca de 40% dos objetivos são definidos top-down e 60%, definidos pelas equipes que trabalharão direto nas conquistas.
Apesar de todo o sucesso desta fórmula, na prática, existem alguns percalços comuns de adaptação, itens básicos que, no dia a dia de trabalho e uso da estrutura do OKR, escapam dos olhos e devem ser rapidamente identificados e corrigidos.

O que a Contabilizei aprendeu trabalhando com o OKR do Google

Vale contextualizar: nós começamos a utilizar a estrutura de OKR há dois anos, quando a Contabilizei tinha 15 funcionários — hoje somos mais de 100. Neste tempo, erramos bastante, amadurecemos no uso do OKR e gostaria de compartilhar com você os 7 principais pontos de aprendizagem que tivemos com a metodologia e que vão ajudá-lo a poupar tempo, não cometendo os mesmos erros.
1. Saiba onde você está: antes de qualquer coisa, levante sua situação atual, seus números e seus recursos disponíveis. Não adianta querer atingir um superobjetivo sem saber o que você já tem ou precisa para chegar lá. No nosso caso, principalmente na implementação do método, insistimos no erro de mirar no objetivo sem entender situação, esforços e recursos necessários para chegar lá;
2. Fixe prazos: é importante fixar entregas periódicas durante o ciclo de três meses de OKR. Desta forma, é possível caminhar e ficar atento ao que precisa de mais atenção por meio de revisões frequentes;
3. Tempo x Objetivo: pense primeiro se o seu objetivo é factível de ser entregue em 3 meses. Não há problema em quebrar um objetivo grande em 2 trimestres, por exemplo;
4. OKR não é dar check em KR’s alcançados: é preciso, antes de tudo, entender que sucesso pode ser medido pelo impacto e não apenas pelo cumprimento dos KR’s. Ou seja, você cumpriu vários KR’s mas, eles trouxeram o objetivo?
5. O que não é visto não é lembrado: é preciso ter foco, disciplina e transparência para trabalhar nos OKR. E para isso acontecer, é preciso ter sempre em mente qual é o objetivo que diariamente estamos perseguindo;
6. OKR’s não contemplam, necessariamente, os KPI’s: Pode acontecer de alguma área da companhia querer trabalhar apenas nos seus objetivos internos e diários (como entrega de KPI’s, por exemplo). Os KPI’s só devem ser considerados como OKR caso realmente seja necessário ter um foco muito grande neste quesito. Assim, é preciso separar os KPI’s, que são mais focados no dia a dia da operação, dos OKR’s do trimestre;
7. Menos é mais: por um bom tempo, acreditamos que poderíamos conquistar muitas coisas grandes dentro de um trimestre. Chegávamos a ter 5, 6 grandes objetivos e não conseguíamos atingí-los plenamente. Por causa disso, decidimos concentrar toda a nossa energia em até 3 grandes objetivos no trimestre. Assim, todos os recursos da companhia estão alocados para conquista dos OKR’s.
Como todos estes aprendizados, conseguimos definir nossos objetivos muito mais assertivamente do que antes e isso está ajudando a escalar exponencialmente a Contabilizei.

Como é a nossa dinâmica de OKR hoje

Apesar de menos de 50% das metas serem definidas pela companhia, são elas que dão o norte para a equipe e sua importância é fundamental. Na primeira vez que rodamos a metodologia, quando éramos em 15 pessoas, fizemos isso de forma orgânica, envolvendo todo o time, inclusive nas metas da companhia. É claro que eu sabia aonde gostaríamos de chegar e balizei as iniciativas para isso, mas foram eles que construíram tudo. Foi um teste, era a primeira vez que trabalhávamos como o Google e era interessante o engajamento geral para que todos entendessem a estrutura.
Agora, fazemos as coisas como devem ser: as definições de alto nível sobre os rumos da empresa são feitas pela liderança, e os 60% restantes ficam por conta das áreas e seus times. Eles, melhor do que ninguém, sabem o que precisa ser feito para alcançar os objetivos.
A definição dos nossos OKR’s começa com pelo menos 1 mês de antecedência do fechamento do trimestre. É neste momento que nos reunimos para validar como está a percurso atual e começar a pensar no que vamos construir para o próximo período. Cada líder apresenta os resultados da sua área até o momento, o que precisa ser melhorado, quais são as bandeiras vermelhas e perspectivas para o próximo ciclo.
Como também somos uma empresa de tecnologia, incluímos na discussão o nosso mapa de desenvolvimento de produto.
Entendemos quais produtos devem ser lançados no próximo trimestre, bem como se existe algum produto que deve ser aperfeiçoado.
PARA GERENCIARMOS OS OKR’S, ESTABELECEMOS REUNIÕES QUINZENAIS COM TODOS OS LÍDERES DA CONTABILIZEI.
Nesta reunião, os líderes apresentam seus OKR’s visualmente como um sinaleiro. Os OKR’s que estão em perigo de não serem atingidos levam a cor vermelha, aqueles que estão apresentando um comportamento de tendência negativa levam a cor amarela e, por fim, aqueles que estão em dia ficam verdes. Durante a reunião, discutimos apenas os OKR’s vermelhos e amarelos. Debatemos as causas e acordamos um plano de ação para retorná-los à cor verde.
No final do trimestre, reunimos a liderança e analisamos os resultados dos OKR’s da companhia e das áreas. Identificamos os aprendizados, tanto dos resultados negativos quanto dos positivos. Em seguida apresentamos, para toda empresa, os resultados trimestrais dos OKR’s da companhia e os aprendizados que tivemos. Sim, nós líderes falhamos bastante e queremos que todos aprendam com os nossos erros, o que também ajuda a cultivar uma cultura de transparência.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Aspectos do Scrum: A Organização

Aspectos do Scrum: A Organização

Conheça um dos aspectos do Scrum mais importantes, a ORGANIZAÇÃO, de acordo com o SBOK – Scrum Body of Knowledge, da SCRUMStudy.

Para fazer o download do SBOKvocê pode clicar aquiPara conhecer o Scrum com base no guia do Scrum oficial de Ken Schwaber e Jeff Sutherland, preparamos um curso gratuito para você – clique aqui para conhecer o Scrum 100 Lero Lero!
Neste artigo, vamos falar da organização do ponto de vista do Scrum. Mas o que é a organização? É a organização dos papéis dentro do Scrum, ou seja, como as pessoas devem se organizar para poderem entregar resultados por meio do framework. Além disso, este artigo vai te oferecer uma perspectiva geral de como gerir projetos em qualquer organização a partir do uso do Scrum. Para se aprofundar mais no assunto, faça sua inscrição para ser notificado do lançamento do nosso curso sobre o tema. Você só tem a ganhar! Venha para a escola Site Campus :)

Papéis no Scrum

Aviso: para conferir as responsabilidades atribuídas a cada papel em detalhe, de acordo com os processos do Scrum, inscreva-se para ser notificado quando lançarmos a formação em Scrum Site Campus!

Papéis Centrais & Obrigatórios

Dono do Produto & Dono do Produto Chefe

Afinal de contas, quem é o Dono do Produto? Ele é o profissional que representa a Voz do Cliente. Ele representa o próprio cliente, mas com capacitação para organizar entregas em um projeto. Imagine que você quer trabalhar em um projeto: alguém precisa dizer o que precisa ser feito. Este é o papel do Dono do Produto: detalhar as entregas, aperfeiçoar a noção de todo e de cada parte do trabalho que precisa ser feito. Ademais, o Dono do Produto mantém seu foco na qualidade e no relacionamento com o cliente. Ele vai ajudar o time a entender o trabalho que precisa ser feito e vai controlar riscos e direcionar mudanças conforme o necessário.
É como o timoneiro, dizendo para onde o time precisa ir com base em priorizações feitas a partir do valor das entregas na perspectiva do cliente. Scrum serve para construir produtos, desta forma, construir produtos é sempre um esforço voltado para o cliente. Assim, o Dono do Produto vai inclusive definir critérios de aceitação para produtos em desenvolvimento.
De acordo com o SBOK:
Dono do Produto representa os interesses da comunidade de stakeholders para o Time Scrum. O Dono do Produto é responsável por garantir uma comunicação clara para o Time Scrum, sobre requisitos de funcionalidade do produto ou serviço, definindo os Critérios de Aceitação, e garantindo o cumprimento desses critérios. Em outras palavras, o Dono do Produto é responsável por garantir que o Time Scrum entregue valor. O Dono do Produto deve sempre manter uma visão dupla.
Existindo projetos grandes demais para apenas um time dar conta do recado, é preciso criar outros times. Criando-se outros times, existirão mais do que apenas um Dono de Produto. Assim sendo, será preciso definir um chefe para os Donos de Produtos envolvidos no esforço coletivo de construção de produtos em escala.

Scrum Master & Scrum Master Chefe

O Scrum Master é aquele quem domina o Scrum. O Dono do Produto pode entender do cliente, mas é o Scrum Master quem vai defender o Scrum dentro da empresa e para o próprio cliente. Ele vai facilitar o trabalho de todos, trabalhar para que não existam impedimentos que façam com que o trabalhe pare. Ele conhece as regras do Scrum, as regras do jogo, e faz com que todos sigam estas regras para a melhor aplicação do Scrum dentro da empresa ou organização.
Scrum Master é um líder-servidor que vai colocar o Time e o Dono do Produto, assim como o cliente, como prioridade. Ele quer proteger, blindar a equipe, ao passo que também vai ensinar as pessoas a trabalharem melhor.
Geralmente, o Scrum Master é um membro do Time Scrum, da equipe de trabalho. Esta configuração nem sempre é a melhor, porque se um Scrum Master se vê dividido entre suas obrigações, precisa escolher sempre pelo trabalho de Mestre em Scrum para favorecer o time. É importante que alguém pense no cliente e que alguém pense no time e em manter as regras do Scrum – enquanto o time pensa no trabalho.
Scrum Master Chefe surge da mesma forma que o Dono de Produto Chefe. Verifique o tópico anterior para entender melhor este conceito.

Time de Desenvolvimento ou Time Scrum

Este é o time central, é aquele que produz, “gente que faz”. Auto-organizado, voltado para construção de valor para o cliente, altamente motivado e com foco em trabalho iterativo-incremental, esta é a turma que vai fazer acontecer. São profissionais em um time variando de 3 até 10 membros – de acordo com o SBOK. Vamos conferir o que o SBOK tem a nos dizer sobre o Time Scrum:
O tamanho ideal de um Time Scrum é de seis a dez membros, grande o suficiente para garantir que sejam adquiridos os conjuntos de habilidades adequadas, mas pequeno o suficiente para facilitar a colaboração. Entre os principais benefícios de se formar um time de seis a dez membros, estão a comunicação e o gerenciamento, que ocorrem normalmente de forma simples e requerem esforços mínimos. No entanto, às vezes podem ser inconvenientes, um grande problema está no fato de times menores serem significativamente mais afetados pela perda de um membro, mesmo que por um curto período de tempo, o que pode não afetar da mesma forma times maiores. Para resolver este problema, é possível que os membros do time tenham habilidades e conhecimentos especializados fora do seu próprio papel específico. No entanto, isso pode ser difícil e depende do tipo de projeto, indústria e tamanho da organização. Recomenda-se ter pessoas que atuem como backup caso seja necessário substituir qualquer membro do Time Scrum.

Papéis Não Obrigatórios

Stakeholders (Clientes, Fornecedores, Usuários e etc.)

Estes papéis não são obrigatórios, ou seja, você pode formar uma equipe para trabalhar com Scrum em um projeto de inovação sem ter clientes, fornecedores e sem saber quem serão seus usuários. Stakeholders são partes interessadas, pessoas e grupos que de alguma forma tem interesse nos resultados do projeto – positiva ou negativamente. É papel do Dono do Produto listar e acompanhar estas partes interessadas, garantindo sua satisfação e engajando estas partes para aumentar seu impacto positivo no projeto ou diminuir seu impacto negativo.

Scrum Guidance Body

Grupo formado para oferecer direcionamento ao trabalho com Scrum em determinada organização ou até mesmo em um projeto de larga escala. É possível ter um corpo de direcionamento, ou “guidance body” formado por profissionais sêniores em uma empresa, Donos de ProdutosScrum Masters, Diretores e todos aqueles que puderem oferecer mentoring, apoio e direcionamento para as equipes ou a equipe de Scrum.

Dono do Produto do Programa & do Portifólio + Scrum Master do Programa & do Portifólio

Para entender estes papéis, basta fazer uma analogia aos papéis já mencionados de Scrum Master Chefe e Dono de Produto Chefe. A lógica é a mesma, mas nesse caso você precisa entender um pouco melhor o que é um programa e o que é um portfólio.
Imagine que o governo agora está investindo em um conjunto de obras de saneamento na sua cidade. Os recursos do governo saem de um mesmo fundo e para realizar este conjunto de obras estão sendo geridos vários projetos em paralelo. Isto é um programa de obras, um programa! Assim, um programa pode ter um Dono de Produto ou um Scrum Master que cuide dos demais projetos. É uma designação diferente que vai variar de acordo com a perspectiva dada a determinado conjunto de projetos.
Um portfólio pode ser vários projetos que não estejam vinculados como as obras que citei acima, mas que sejam de uma mesma empresa ou de um mesmo segmento. Um conjunto de novos negócios numa empresa, como projetos, pode formar um portfólio de novos negócios. Novamente, a lógica é a mesma para os papéis.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS PARA OS PRÓXIMOS ANOS

ESTUDO REALIZADO PELA STEFANINI APONTA AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS PARA OS PRÓXIMOS ANOS

A tecnologia vem transformando consideravelmente a relação entre os indivíduos e o mundo que os cerca. O acesso à informação tornou as barreiras geográficas e a sensação de tempo e espaço inexistentes.
A inovação é essencial para diferenciar uma empresa de seu concorrente, aumentar a participação no mercado e a lucratividade, além de agregar valor aos produtos e serviços, ampliar a relação com novos mercados e abrir portas para parcerias. Diante das grandes transformações que a tecnologia possibilita, a inovação é imprescindível para criar uma relação de interlocução entre empresas e o ambiente dinâmico na qual estão inseridas.
Partindo dessa premissa, o estudo batizado de “Future Vision” tem como objetivo contribuir para o aumento da competitividade das empresas oferecendo uma compilação e análise das principais tendências tecnológicas para os próximos três anos.
Com o propósito de estimular, acelerar e ampliar a cultura da inovação, a área de inovação da Stefanini investiga em seu primeiro estudo quais são as principais tendências tecnológicas e como elas podem impactar estrategicamente nos negócios.
Entre as previsões para 2015, 2016 e 2017 estão:

1- CLOUD EVERYWHERE

Estilo de computação onde capacidades escaláveis e elásticas da TI são disponibilizadas como serviço para empresas que utilizam internet. Tendência há alguns anos na área de Tecnologia das empresas, as soluções de Cloud Computing passaram de provedores de serviços de infraestrutura para plataformas tecnológicas para suportar aplicações de negócios.
Tanto no mercado global quanto no brasileiro, a agilidade proporcionada pela Cloud Computing para promover a inovação nas empresas fez com que a adoção de soluções em nuvem tivesse um aumento signi­ cativo, que vem desde 2013. E a tendência é crescer ainda mais.
Nos próximos anos, será impossível pensar em e­ ciência de processos de TI sem falar em nuvem. O modelo atende às necessidades de empresas de todos os portes. As empresas vislumbram na computação em nuvem a oportunidade de conseguir mais eficiência, agilidade e redução de custos. Estima-se que, até 2016, 75% do fornecimento da TI para organizações será baseado em cloud, sendo 39% em nuvem privada, 21% no formato gerenciado por terceiros e 15% em pública.
  • 24% é a expectativa de Redução de custos com hardware até 2016 (Savvis)
  • 75% dos CIO’s adotarão Cloud como estratégia a partir de 2016 (Savvis)
  • 89% das empresas já utilizavam Cloud Computing até o último ano
SEGMENTOS DE MAIOR IMPACTO: Educação, varejo, logística, financeiro, governo, hoteleiro.
APLICAÇÃO AO SEU NEGÓCIO: Empresas de diversos segmentos procuram gerar emancipação de infraestrutura e trazer elasticidade a uma aplicação. Para isso, a Stefanini oferece um trabalho de migração de aplicações para Cloud Computing, utilizando, por exemplo, serviços como o da Amazon EC2 e/ou Microsoft Azure. Com isso, ganha-se flexibilidade no uso do serviço, bem como redução de custos. Além de escalabilidade e aumento de desempenho, permite um rápido rollout para outros locais que estão geograficamente distantes.
  • 24% é a expectativa de Redução de custos com hardware até 2016 (Savvis)
  • 75% dos CIO’s adotarão Cloud como estratégia a partir de 2016 (Savvis)
  • 89% das empresas já utilizavam Cloud Computing até o último ano

2 – SECURITY REPUTATION

Está atrelada à crescente necessidade dos clientes de se certi­ficarem de que os produtos e serviços que consomem são realmente seguros. Nesse sentido, deverá haver um reforço no compromisso com a responsabilidade de sigilo de informações e na segurança da transação de dados.
  • 2015: exploração de segurança da internet, privacidade, dispositivos móveis, internet das coisas e espionagem virtual, já que 2014 ficou conhecido como o ano da confiança abalada
  • 18 milhões de senhas de e-mail foram vazadas em setembro de 2014
  • 87% dos brasileiros pesquisados se disseram preocupados com violação de dados em instituições financeiras (Security Index, 2013)
  • US$71 bilhões foi o gasto mundial em segurança da informação no ano de 2014 (Gartner, 2014)
  • US$ 9 milhões foi o prejuízo aproximado de empresas brasileiras com vazamento de dados em 2014
  •  70 milhões de clientes foram expostos em vazamento de informações sigilosas da empresa americana Target (Forbes, 2014)
SEGMENTOS DE MAIOR IMPACTO: Bancos, seguradoras, e-commerce, manufatura e varejo.
APLICAÇÃO AO SEU NEGÓCIO: A Stefanini desenvolve soluções em sistemas bancários internos que centralizam e automatizam os processos de unificação de saldos, que podem ser operados em expedientes alternativos ao bancário.
Assim, você adquire maior segurança e agilidade no processo de centralização de saldos, evitando, assim, falhas humanas (digitação/preenchimento de formulários, entre outros). Ou seja, é possível tornar mais segura a unificação de saldos referentes às contas dos clientes.

3 – COGNITIVE TECHNOLOGIES

Uma categoria de tecnologias que utiliza processamento de linguagem natural e aprendizagem de máquina para permitir que pessoas e máquinas interajam de forma mais natural. Estes arranjos tecnológicos criarão sinergia, a ­ m de prestar assistência especializada para diversas atividades humanas em uma fração de tempo.
Sistemas de Informação estão se tornando mais inteligentes e serão cada vez mais capazes de tomar decisões de negócios, com menor investimento (Gartner).
Barclays, um dos maiores bancos do Reino Unido, vem investindo fortemente em sensores biométricos, como o reconhecimento de padrões de voz, para aumentar a segurança de seus usuários.
A complexidade de automação e redução de modelagem de dados oferecidos por um número de fornecedores de analytics hoje é largamente atribuído à Machine Learning.
Até 2018, metade dos consumidores irão interagir com serviços baseados em computação cognitiva (IDC,2014).
Até 2020 espera-se que o número dados não estruturados ultrapasse em nove vezes o volume de dados estruturados. Isso reforça, ainda mais, o uso do processamento de linguagem natural, ou seja, a capacidade de compreender dados não estruturados, um dos componentes da computação cognitiva.
SEGMENTOS DE MAIOR IMPACTO: Educação, varejo, financeiro, governo, saúde e hoteleiro.
APLICAÇÃO AO SEU NEGÓCIO: É possível aprimorar a eficiência e minimizar falhas e fraudes no que tange à conferência de documentos bancários realizados manualmente. Algumas empresas vêm perdendo sua cartela de clientes por não dispor de meios seguros para eliminar contrafações a preços competitivos. A Stefanini oferece soluções inovadoras voltadas para o aferimento de cheques e contratos através de inteligência cognitiva, dentre outros meios. Logo, é proporcionado para o cliente maior agilidade, escalabilidade e segurança aos processos de conferência, que, anteriormente, eram executados por meio do trabalho de terceiros. Além disso, a automatização de tarefas causa a redução de custos e permite mais segurança, já que a inteligência cognitiva é capaz de detectar, efi cientemente, tentativas de fraude.

4 – SMART DATA

São todos os tipos de dados gerados ou integrados a ambientes digitais capazes de serem parametrizados, analisados e utilizados de maneira a gerar informações mais estratégicas para a empresa. Em um cenário corporativo cada vez mais complexo e acelerado, informações relevantes e estratégicas são ativos muito valiosos para as empresas tomarem decisões.
Possuir uma estrutura de serviços e soluções de Analytics para aprimorar, extrair e prover informações estratégicas para as empresas é essencial para o sucesso dos negócios. Tendo como base a combinação entre velocidade, volume, variedade, veracidade e valor dos dados reunidos, o Big Data é um conceito que foca a análise desses dados a ­ fim de proporcionar maior poder de decisão e de estratégias para empresas.
A tecnologia de Big Data permite cada vez mais possibilidades com a ingestão de mais fontes de dados, alinhada à atual tendência ao processamento de informações em tempo real. Combinados com novos modelos estatísticos, a tecnologia pode revolucionar várias áreas e operações.
  • US$ 32 BILHÕES, aproximadamente, será o mercado de Big Data até 2017
  • US$ 819 MILHÕES foi o crescimento sustentável de Big Data na América Latina em 2014
  • US$ 41,52 BILHÕES É o que se espera em faturamento global em Big Data até 2018
SEGMENTOS DE MAIOR IMPACTO: Financeiro, seguros, varejo e governo.
APLICAÇÃO AO SEU NEGÓCIO: Obtenha uma visão única dos usuários por meio da junção de inúmeros produtos em um único e-commerce. Uma loja virtual não consegue manter seu público por não conhecer suas preferências e gostos. Mais que isso, há uma vasta gama de URLs e a escassa percepção e análise de informações indispensáveis, como compras, produtos mais buscados ou páginas de abandono. Como apreender as inclinações dos usuários e trabalhá-las em seu benefício.
A Stefanini investe em recursos tecnológicos para plataformas e- -commerce que, além da elaboração de um planejamento de métricas e implantação de ferramentas de analytics, permitem a unificação de padrões de navegação e a unificação de URLs. Dentre os vários benefícios, é possível perceber a humanização das páginas e suas URLs, o incremento de eficiência e assertividade no que tange ao uso dos dados oriundos da web, profunda apreensão do comportamento do usuário e contemplação das áreas de negócios na manipulação de dados.

5 – USER CENTERED

É ter o usuário como o ponto central do desenvolvimento de produtos, processos, serviços ou modelos de negócios, considerando suas falas, ações, pensamentos e sentimentos. Esse direcionamento permite que o usuário tenha uma melhor experiência de uso, possibilitando às organizações alcançar a inovação de forma mais e­ caz. Algumas abordagens qualitativas oriundas do Design, Marketing e Tecnologia conseguem aproximar as organizações dos usuários, dentre as quais estão o Design Thinking, User Experience, Customer Development e o Customer Experience.
Nos últimos dez anos, as empresas que investiram em design centrado no usuário tiveram um crescimento até 228% maior do que aquelas que investiram em S&P index.
“Nossos líderes sêniores me dizem: ‘Eu consigo mensurar vendas, consigo mensurar receita, consigo mensurar toda e qualquer função na empresa, mas não consigo medir as coisas que o time de design faz. Tudo que sei é que toda vez que eles fazem algo e os usuários conseguem ver e entender a diferença, nós vendemos mais’. Isso é valor.” (Bob Schwartz, General Manager Global Design and User Experience, GE Healthcare).
  • 3 milésimos de segundo é o tempo que o usuário leva para decidir se gosta ou não de um website
  • 80% dos consumidores hoje pesquisam suas compras na internet antes de visitarem lojas física
SEGMENTOS DE MAIOR IMPACTO: Educação, varejo, financeiro, governo, utilidades e entretenimento.
APLICAÇÃO AO SEU NEGÓCIO: Elimine falhas de navegação que dificultam a compreensão e experiência dos usuários e contribuem com a perda de produtividade. Um portal eletrônico ainda não investe na experiência de seus usuários e vem percebendo que sua atuação tem sido pouco efetiva e rentável para seus idealizadores. Neste ambiente, a Stefanini desenvolve guias que promovem a geração de interfaces padronizadas, orientadas para cada perfil de usuário.
Embasadas pela expansão da produtividade, a Stefanini cria vantagens que apontam maior assertividade na execução de atividades e nas aplicações para os usuários, reduzindo a necessidade de treinamentos destinados para sistemas diferentes entre si.

6 – REAL TIME

Real Time é uma revolucionária tecnologia que permite ao usuário ter acesso à informação em tempo real. Clientes e usuários ­ nais poderão assistir instantaneamente operações ou ter acesso a informações atualizadas. A urgência pela disponibilidade de dados é um fenômeno que vem ditando a orientação de muitos serviços e produtos.
O Real Time ‘Best Next Action’ indicado para interações de alto risco, como abandono de clientes, avaliação de fraude e gestão de risco. Trata-se de uma tecnologia em status emergente, com cerca de 1% a 5% de penetração do mercado. Já o Real Time ‘Data Integration’ é uma tecnologia quase madura, com alto grau de penetração e expansão no mercado. Ela é utilizada para captura, processamento, transformação, limpeza, qualificação e carga de dados provenientes de múltiplas origens e com um ou mais destinos.
  • Real-Time-Bidding permite a compra e venda de mídia em tempo real. Pode ser altamente lucrativo, pois o anunciante pode ter sua audiência segmentada e qualificada para cada campanha, melhorando o desempenho delas.
  • App preditivos são capazes de perceber seu ambiente e responder em tempo real, antecipar a ação do usuário e atender os usuários em seu momento de necessidade.
  • US$ 20,8 bilhões será o valor investido mundialmente em Real Time Bidding (RTB) até 2017 (IDC).
  •  US$ 133,6 milhões é o valor estimado em investimentos em RTB nível Brasil, representando 52% da fatia América Latina (IDC).
SEGMENTOS DE MAIOR IMPACTO: Aviação, varejo (on-line), fi nanceiro, governo, saúde.
APLICAÇÃO AO SEU NEGÓCIO: Potencialize processos de vendas e atendimentos em tempo real, integrando diversos ambientes heterogêneos. Por meio do SOA (Service-Oriented Architecture), arquitetura de software que visa a funcionalidades disponibilizadas como serviços, o mapeamento, otimização e automação dos processos (BPM) de vendas e atendimento é facilitado.
A adoção de integrações SOA, on-line, dentre as aplicações das lojas, call center, backoffice, serviços externos e ERPs tem como resultados o atendimento rápido e personalizado aos clientes; flexibilidade para incluir e alterar produtos, planos e promoções, monitoramento em tempo real das vendas e atendimento e redução do tempo de atendimento.

7 – INTERNET OF EVERYTHING

É um conceito no qual dispositivos de nosso dia a dia são equipados com sensores capazes de captar aspectos do mundo real, como por exemplo, temperatura, umidade, presença, entre outros, e enviá-los a centrais que recebem estas informações e as utilizam de forma inteligente. Consiste na interligação de objetos e aparelhos a grandes bases de dados e redes, gerando registros de dados sobre cada coisa a ela relacionada.
A Internet das Coisas vai criar uma rede de centenas de bilhões de objetos identifi­cáveis e que poderão interoperar uns com os outros e com os data centers e suas nuvens computacionais. A Internet das Coisas está tornando o mundo mais inteligente e vai impulsionar o mercado mundial, injetando bilhões de novos produtos e de consumidores a­cionados: sensores automobilísticos, softwares, sistemas GPS, aplicativos que monitoram pacientes cardíacos, medem pressão, tênis que transmitem dados do exercício do atleta para o celular, que via aplicativo analisa o desempenho, dispositivos conectados no lar entre outros.
  • Até 2020, estima-se um investimento de até US$ 300 bilhões em Internet das Coisas, sendo US$ 69 bilhões para 2015 (Gartner).
  • 14 bilhões é o número de objetos conectados à internet e estima-se um número entre 20 e 100 bilhões (UK Government, 2014)
  • Em 2015, o número de dispositivos conectados à Internet das Coisas (IoT) deve chegar a 4,9 bilhões, um aumento de 30% em relação a 2014
  • Em 2014, 86,7 milhões de habitantes estavam plugados na rede mundial de computadores, o que representa mais de 50% de sua população (IBGE, 2014)
SEGMENTOS DE MAIOR IMPACTO: Seguros, agronegócio, varejo, educação, hospitalar e indústria, transporte e logística.
APLICAÇÃO AO SEU NEGÓCIO: Como minimizar divergências entre os dados quantitativos informados pelos navios, por exemplo, e as informações factuais? Exemplo: Uma frota de navios costuma ser um problema quando tratamos do fator carga. Volumes diferenciados daqueles que são auferidos fazem com que a eficácia e performance da empresa sejam prejudicadas, devido ao tempo e montante de investimentos desperdiçados com esta finalidade.

6 tendências do mercado de trabalho para ficar de olho em 2017


6 tendências do mercado de trabalho para ficar de olho em 2017

As oportunidades profissionais do próximo ano não serão ditadas apenas pela economia. Entenda 6 movimentos do mercado que afetarão você


O rápido avanço da tecnologia tem permitido o surgimento de novos modelos de negócios e relações de trabalho, que exigem uma nova visão e postura dos profissionais. Por isso, é importante olhar para as transformações em curso e observar o quanto você está preparado para manter sua empregabilidade não apenas em 2017, mas também no médio e longo prazo.
Para facilitar essa reflexão, confira 6 tendências do mundo do trabalho que a área de inovação da Cia de Talentos organizou em um relatório recentemente:
1. Caminhos adaptativos
Os avanços da tecnologia exigem das empresas e pessoas uma capacidade de adaptação cada vez maior. As decisões precisam ser tomadas rapidamente, sem enfrentar os obstáculos hierárquicos que tornam o processo de mudança lento. Você está pronto para trabalhar de forma mais autônoma, em uma hierarquia horizontal? Você é do tipo que pergunta tudo para o chefe ou gosta de se desafiar e correr atrás das respostas?
2. Para sempre beta
A única maneira de acompanhar a velocidade das mudanças é aceitar que nunca estaremos 100% prontos. Se ficarmos muito tempo elaborando uma ideia, a chance de alguém colocá-la em prática antes ou de ela ficar ultrapassada é grande. Você costuma experimentar e arriscar? Vê o erro como uma oportunidade de desenvolvimento ou como um fracasso?
3. Carreiras “faça você mesmo”
A relação tradicional de trabalho entre empresas e profissionais está se esgotando. Já há muitas pessoas procurando caminhos para se sentirem mais realizadas. Você está preparado para trabalhar por projeto e em equipes com pessoas de diferentes áreas?
4. Mentes do futuro
Os desafios da sociedade atual demandam muito mais do que raciocínio lógico. Você tem buscado viver experiências diferentes e ampliar seu repertório? Há quanto tempo fez algo pela primeira vez? Ir ao cinema, a exposições, shows, ler livros que não têm nada a ver com sua atividade profissional são coisas que você costuma fazer?
5. Pensar ecológico
A economia colaborativa, que já emerge, deve se consolidar, levando à construção de relações mais equilibradas. Quando pensa em uma solução para um desafio, costuma se perguntar se é realmente boa e justa para todos os envolvidos?
6. Conect-Ação
Entregar apenas um simples produto ou serviço já não é mais suficiente. As empresas precisam criar experiências de impacto e fazer o cliente se sentir parte do todo. Por meio do seu trabalho, você pensa ou entrega soluções que geram conexão de verdade? Ao pensar em um produto, serviço ou dilema na gestão de suas equipes, o quanto você realmente “calça o sapato” dos seus clientes, consumidores e colaboradores?
Muitas pessoas já devem estar sentindo o impacto de pelo menos uma dessas tendências em seu dia a dia. Mas acredito que organizá-las e discuti-las nos ajude a analisar o quanto estamos próximos ou não dessa realidade. E que venha 2017!

TENDÊNCIAS 2017

10 tendências que vão guiar o mercado em 2017

Os  negócios mudam com frequência. Então, nunca foi tão importante fazer análise de mercado e planejamento. O estrategista de marcas Leonardo Kim fez uma lista com dez tendências que vão guiar o mercado em 2017. A lista foi publicada na revista americana Inc:



1. Ferramentas para a construção de produtos tecnológicos
A necessidade de inovações tecnológicas nos negócios é mais importante do que nunca. Em 2017, a tecnologia será um campo totalmente necessário para que cada negócio tenha potencial de competição no mercado. Plataformas autoexplicativas, como o WordPress, fazem e continuarão a fazer sucesso porque permitem um gerenciamento mais simples sem a necessidade de muitos conhecimentos técnicos por parte dos funcionários.

2. Ferramentas que auxiliam marcas pessoais
Trabalhar marcas pessoais será uma estratégia cada vez mais usada para se diferenciar no mercado. Em um universo cheio de concorrentes, um branding pessoal bem feito pode fazer a diferença na hora de conquistar os consumidores. Por isso, este tipo de ferramenta deve crescer nos próximos anos.

3. De olho nos jovens
Ao invés de rejeitar os novos consumidores da geração “Millennial”, as empresas terão que cada vez mais enxergá-los como clientes em potencial. Entender como eles pensam e criar produtos para esta geração é uma tendência para acompanhar.

4. Treinamento para funcionários remotos
O trabalho remoto será, cada vez mais, uma tendência. Pensando nisso, empresas que ofereçam serviços eficientes para o treinamento de funcionários que trabalham longe da sede da companhia devem crescer.

5. Possíveis vendas de empresas
O processo de recuperação da economia nos últimos anos nos Estados Unidos aumentou a quantidade de fusões e aquisições. Isso deve se manter em 2017 e as empresas que pensam em partir para uma venda devem começar a se preparar.

6. Saúde e nutrição
A nova geração está preocupada com a saúde e nutrição mais do que qualquer outra. Graças à tecnologia, é possível medir calorias, fazer registros nutricionais e manter os hábitos esportivos e alimentares dentro de um aplicativo. O mercado de ferramentas fitness para smartphones só tende a crescer e o boom desses aplicativos irá fortalecer o mercado de saúde.

7. Apostas em e-commerce
A crescente demanda por itens disponibilizados em lojas online faz com que esse nicho de mercado se fortaleça cada vez mais se comparado ao crescimento de vendas nas lojas físicas. Estudos recentes mostraram que 58% dos compradores estão dispostos a adicionar itens no carrinho para atingir as cotas exigidas para o frete grátis nos sites de compra, por exemplo. Como a tecnologia continuará a se expandir em 2017, isto deve impactar também as tendências no e-commerce.

8. Estratégias para manter os clientes sempre próximos
Para tornar uma empresa cada vez mais popular, é importante manter uma ligação próxima com o cliente.  Serviços e produtos que não são vendidos de forma direta e uma única vez, como os transportes oferecidos pelo Uber, tendem a permanecer em ascensão.

9. Treinamentos de funcionários moldados de forma diferente
Em 2017, haverá uma mudança na forma como as habilidades de treinamento de liderança são desenvolvidas dentro das empresas. Ao invés de ensinar a todos as mesmas habilidades, as empresas irão focar nos pontos fortes de cada funcionário e desenvolver essas habilidades, investindo mais no reforço de um talento natural do que na formação massiva de líderes.

10. Marcas e produtos com ações e produções sustentáveis
As ações sustentáveis e o desenvolvimento de produtos com métodos que fortaleçam a cultura da sustentabilidade devem continuar crescendo. Até o atual período do ano, mais de US$ 500 milhões foram salvos em eficiência energética e este valor tende a crescer em 2017.

GESTÃO PARTICIPATIVA - COMO?

Como Implementar uma Gestão Participativa

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Por que tem se falado de Gestão Participativa?

Não é de hoje que a insatisfação com o ambiente empresarial tem aumentado. Recentemente, uma pesquisa da International Stress Management Association mostrou que 72% das pessoas estão insatisfeitas com o trabalho. E você não precisa nem ir muito longe, se conversar com colegas e familiares verá que tem muita gente que não está tão feliz assim com seu dia a dia no trabalho.
Na minha opinião os principais fatores de frustração são:
  • Falta de autonomia e poder de decisão – muitos funcionários apenas acatam ordens e são vistos apenas como engrenagens de uma máquina maior
  • Falta de reconhecimento – que está um pouco ligado ao primeiro item. Se o colaborador não toma nenhuma decisão, acaba não sendo envolvido em momentos importantes da empresa e faz apenas o trabalho operacional
Em alguns outros caso, você vai encontrar insatisfações com remuneração, excesso de tarefas e relacionamento com equipe de trabalho ou gestores diretos. Não sei se você percebe, mas todos esses fatores são consequências de uma gestão centralizadora, onde as decisões e opiniões de quem está “embaixo” não importa.
Acredito que cada vez mais temos que entender que uma gesão participativa é essencial para a retenção de talentos nas organizações e crescimento de organizações.

O que é Gestão Participativa

O conceito é bem simples e o próprio nome já diz o seu significado. A gestão participativa é o sistema de administração onde todas as pessoas envolvidas com uma atividade terão influência sobre as decisões que a afetarão. Entenda que não é anarquia ou festa. Não é todo mundo opinando sobre tudo. É simplesmente uma forma de aproximar todos os colaboradores envolvidos com um desafio específico e levar em consideração as diferentes opiniões.
Outra coisa importante de se entender na gestão participativa é que o papel do líder/tomador de decisão continua existindo. A única (e grande) diferença é que outras opiniões, experiências, observações e sugestões são ouvidas e levadas em consideração para a tomada de decisão final.
Assim, a gestão participativa pode ser considerada como uma forma de gestão onde o colaborador participa e é parte do processo de trabalho, desde a ideia até implementação. Normalmente, ela pode envolver 4 dimensões:
  • Comportamental
Sem dúvida nenhuma esse é um dos fatores mais difíceis de controlar, já que qualquer empresa é feita por pessoas e, quando você tem gestores autoritários ou impositivos pode ter uma dificuldade na implementação de uma gestão participativa. O comportamento estimulado deve ser o de autonomia dos indivíduos, de confiança e de cooperação. Ao invés de mandar, faz muito mais sentido informar, envolver, perguntar o que acha e delegar a atividade em conjunto com quem vai participar dela.
  • Estrutural
O excesso de hierarquia em qualquer negócio fortalece uma gestão centralizadora. Para chegar em uma gestão participativa muitas vezes pode ser necessário modificar estruturas e cargos para que exista uma troca maior e menos concentração de poder em poucas pessoas.
  • Interfaces e Stakeholders
Uma gestão participativa não acontece única e exclusivamente na relação com seus colaboradores. Para ser ainda mais aberto pode ser interessante conversar com clientes sobre próximos passos, ter parcerias com fornecedores que propiciem benefícios mútuos e por aí vai. Mais abaixo nos exemplos você vai ver um caso bem legal disso que estou falando.
  • Resultados
Uma coisa que pode ajudar nesse processo é ter uma gestão muito voltada para a análise de dados e obtenção de resultados. Nesse momento não importa seu cargo, se os dados e resultados indicam que um caminho deve ser seguido, é ele que será tomado. Isso acaba com o poder de decisão absoluta concentrado em quem tem um cargo maior.

Exemplos de Gestão Participativa

Agora que você já compreendeu o que é a gestão participativa, vale a pena conhecer alguns exemplos bem legais:
  • Buffer
Para quem não conhece, o Buffer é um software de gerenciamento de redes sociais. Obviamente em empresas pequenas e com poucos funcionários fica mais simples de implementar uma gestão aberta, mas no caso deles, não é só uma questão de tamanho ou não, é uma questão de abertura da empresa e de transparência.
Para começar, os caras são super abertos e acreditam na exposição de seus resultados. Em um post escrito em Junho foram expostos todos os resultados da empresa.
Os caras tem uma gestão tão aberta, que eles até adotaram uma precificação transparente, onde informam todos os custos, o que envolve o preço e o preço final pro cliente, assim não tem como se sentir enganado
Como nem tudo é perfeito, na área do blog deles onde eles falam sobre gestão participativa, eles contam algumas experiências que não foram muito bem e o que mudaram para melhorar
  • Baremetrics
Uma outra iniciativa de gestão colaborativa e aberta foi a do Baremetrics, que criou um dashboard onde as principais informações das empresas participantes ficam disponíveis. Esse processo é bem bacana e pode ajudar bastante outras empresas funcionando como um benchmarking. Veja como funciona o dashboard:
Viu que o Buffer está por lá? É uma questão de filosofia empresarial. Esse é o dashboard deles:

  • Lições do Livro The Decision Maker
Esse é um livro repleto de exemplos de como implementar uma gestão participativa e de como empoderar seus colaboradores. Talvez uma das passagens mais marcantes para mim do livro foi quando ele faz uma comparação entre jogadores de basquete e funcionários de uma indústria. Porque os jogadores adoram jogar e muitas vezes os funcionários ficam desmotivados? Qual a diferença se ambos são “funcionários”?
Basicamente, o ponto principal é que o jogador tem o poder de decisão do que ele vai fazer e, quando tem essa possibilidade de escolha e de liberdade, assume a responsabilidade pelo que faz e se sente mais importante nesse processo. Vejo essa como uma das principais lições sobre gestão participativa. Não dá para querer comprometimento completo e motivação 100% sem envolver as pessoas no processo de tomada de decisão.
  • LUZ
Para fechar nossa lista de exemplos, nada melhor do que trazer nossas próprias experiências e o que já fizemos. Algumas das nossas práticas são:
– horário flexível e home office – sim, se não quiser não precisa ir até o escritório
– férias a vontade, quando quiser – desde que com a responsabilidade e sem afetar o seu trabalho e resultados
– transparência financeira – mostramos todos os dados de receitas, faturamento, custos, salários para todo mundo
– autonomia para todos – qualquer pessoa na empresa tem o poder de tomar a decisão que quiser
Pode não parecer muito, mas ao invés de tratar quem está com a gente como um operário, tratamos como um sócio, com todas as liberdades e responsabilidades atreladas a isso.

E sua empresa, está preparada? Desafios da Gestão Participativa

A verdade é que falar sobre gestão participativa é muito bonito, mas na prática exige uma preparação importante. Como gestor, você precisa entender se está preparado e aberto para ouvir críticas, ser questionado e não fazer tudo exatamente da maneira como você gostaria.
Digo isso, porque se você realmente quer valorizar os colaboradores da sua empresa, precisa dar autonomia para eles tomarem suas próprias decisões e, com certeza, isso pode ir conta o que você gostaria. Para tornar o processo ainda mais complicado, ele depende (como quase tudo) das pessoas envolvidas nele. Por isso, algumas premissas que acreditamos que devam ser seguidas são:
  • Gestão participativa significa ter mais responsabilidades em relação ao resultado
  • Para isso, proatividade é tudo. Não se deve depender de ordens para fazer, é necessário um senso de autonomia grande
  • Normalmente o resultado é compartilhado e, por isso, áreas diferentes devem se comunicar muito bem para se ajudarem a alcançar esses objetivos
  • Isso exige uma flexibilidade da estrutura da organização
  • E por fim, os líderes e gestores precisam ter o papel de orientadores, integradores e, acima de tudo, desenvolvedores de pessoas

Algumas formas de tornar a Gestão Participativa em realidade:

  • Caixa de sugestões e ideias
  • Planejamento Estratégico Participativo
  • Concurso de ideias
  • Financeiro aberto
  • Comissões para Tarefas Específicas
  • Horário Flexível
  • Auto gestão

Como Implementar Gestão Participativa

A verdade é que não existe um modelo de gestão participativa mais correto. Você precisa entender como funciona a sua empresa, o que os seus colaboradores pensam, quais são seus anseios e o que gostariam de mudar. É importante descobrir quais são as principais motivações e insatisfações atuais.
Eu fiz um passo a passo que você pode tomar como base, mas lembre-se de fazer modificações e adaptações para que ele dê certo na sua realidade. Outra coisa importante é que você não precisa implementar todos os passos de uma só vez, faça tudo no tempo certo para seu negócio. Veja:
  • Passo 1 – Compreenda o que os seus colaboradores pensam sobre a gestão atual
Uma boa ferramenta para isso pode ser uma pesquisa de clima organizacional. Se sua empresa for pequena, uma reunião bem aberta, talvez em um bar, com umas cervejas pode ser o momento ideal para ouvir tudo que todos pensam.
  • Passo 2 – Seja mais aberto com as informações da empresa
Compartilhar os resultados (e mostrar como o trabalho de cada colaborador está refletido ali) pode ajudar a aumentar o senso de responsabilidade e de colaboração entre todos.
  • Passo 3 – Envolva sua equipe na geração e implementação de ideias
Quanto mais donos de ideias você tiver sem ser a equipe gestora, mais envolvimento por parte dos colaboradores vai acontecer. Para isso faça rodadas de brainstorming ou reuniões periódicas com esse propósito em que as pessoas interessadas no desafio possam participar.
  • Passo 4 – Conheça quem faz parte da sua equipe
De nada adianta você ter a gestão participativa mais legal de todas. Se seus gestores não conhecerem bem com quem estão trabalhando, todo esse trabalho pode ir por água abaixo. Por isso, é importante dar feedbacks pessoais baseados em comportamentos e ter um plano de desenvolvimento individual.
  • Passo 5 – Acompanhe as mudanças
Fazer o acompanhamento da implementação da gestão participativa é tão essencial quanto implementar ela. Entender como está ocorrendo a interação entre áreas e como os colaboradores estão se sentindo vai ajudar a levar esse processo para outro patamar dentro da sua empresa.

Alguns benefícios:

  • Agilidade na tomada de decisão
  • Mais autonomia para os colaboradores
  • Organiza uma estrutura pouco hierarquizada
  • Aumento da motivação e satisfação interna
  • Comprometimento com o resultado